São João Maria Vianney, padroeiro dos Sacerdotes

4 de agosto de 2018

Comumente, vemos que a marca que todos os santos deixaram na história da Igreja, tem grandes traços de amor, sacrifício e fidelidade, mas a biografia do santo que fazemos memória neste dia, é de quebrantar nossos corações, seu nome é, São Joao Maria Vianney, mais conhecido como Cura D”Ars.

Natural de Dardilly, na França, João Maria nasceu no ano 1786, e desde criança trabalhava no campo para ajudar sua família, que era pobre de bens materiais, mas, rica de fé e devoção. Já na sua infância, João Maria se sentira chamado ao sacerdócio, porém, passara por muitas dificuldades antes de dar sua resposta vocacional, inclusive a perseguição religiosa da Revolução Francesa.

Sua história mostra que ele nunca foi uma pessoa de sucesso, que não fora bom aluno, tanto que aprendeu a ler somente aos 18 anos. Conseguiu, entretanto, chegar ao sacerdócio, devido ao seu testemunho de santidade, pois intelectualmente não conseguia acompanhar os outros seminaristas. Certa vez, após a reprovação em um exame, ouviu do reitor que os professores não o consideravam apto para o sacerdócio, e que alguns o chamaram de “burro que nada sabe de teologia”, e lhe perguntou como eles poderiam promovê-lo ao sacramento do sacerdócio. E foi então, que com sabedoria respondeu o seminarista: “Monsenhor, Sansão matou cem filisteus com a queixada de um burro. O que acha que Deus poderia fazer com um burro inteiro?”.

Com a graça de Deus foi ordenado, e enviado para uma aldeia pagã, chamada Ars, onde infelizmente o povo era dado aos vícios, bebedeiras, bailes, cabarés, blasfemavam muito, e como não tinham costumes religiosos, não guardavam os domingos. Nesse antro de perdição, São João Maria Vianney, foi um sinal estrondoso da graça de Deus, seus biógrafos testemunham que ele fazia longas horas de adoração ao Santíssimo Sacramento, de joelhos, e que sempre tinha o rosário nas mãos, o que em pouco tempo, começou a atrair as pessoas para a Igreja, consequentemente para a confissão. Conta-se que seu amor pelas almas era tão grande, que chegara a atender confissão 18 horas seguidas, e que nos seus últimos anos de vida, atendia mais de 200 pessoas por dia. Entretanto, o santo que era muito espiritual, não deixava de lado os trabalhos pastorais, sendo dedicado na restauração das igrejas, que ele ainda ajudava na mão de obra.

Muitos foram os prodígios que se registraram da sua vida, de graças materiais como arrecadação de fundos para obras de caridade e alimentos para os mais necessitados, quanto à dons de milagres, como o de conhecimento sobrenatural sobre futuro e passado, e também o de curar doentes. Foi então, que com o testemunho de seu pároco, progressivamente, a aldeia se transformou, de modo que “onde abundava o pecado, viu-se um transbordar da graça de Deus”, a ponto que em Ars passou a respirar a oração, sobriedade e castidade, o que rendeu ao padre o apelido de “Cura de Ars”.

Falecido em 1873, em odor de santidade, São João Maria Vianney, foi canonizado em 1925, pelo papa Pio XI, que também o proclamou “Padroeiro dos Sacerdotes”. Na exumação de seu corpo, descobrira que ele estava incorrupto, e o mesmo foi depositado na igreja da paróquia de Ars, que se tornou um grande santuário de peregrinação. No seu dia, peçamos a sua intercessão pelos sacerdotes do mundo inteiro, para que sejam inundados do mesmo amor pelas almas e por seu chamado que tinha São João Vianney, que sejam munidos do dom da cura que portam, já que são eles, in Persona Christi. São João Maria Vianney, rogai por nós!

Por Nádia Duarte – Freelancer Católico

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