José Aparecido – Pascom
O Dia Mundial das Comunicações Sociais é celebrado há 59 anos no Dia da Ascenção do Senhor, considerado pela Igreja como o sinal mais próximo de comunicação entre Deus Criador e Suas Criaturas. Ele nasce no Dia 24 de janeiro, Dia de São Francisco de Salles patrono dos jornalistas, com a publicação de um texto do Papa destinado a todos os comunicadores, jornalistas e escritores, o quais devem refletir para o exercício de suas profissões, sejamos nós profissionais ou não.
Nesse ano de 2025, a reflexão se baseia a partir de um versículo (1 Pd 3, 15-16) no qual o Papa exorta a “partilhar com mansidão a esperança que está em nossos corações”, do qual extraímos alguns trechos para refletir com os leitores desse Informativo:
- Nesse mundo marcado pela desinformação e pela polarização dos centros de poder, é necessário e urgente cada vez mais o trabalho dos comunicadores. É preciso um compromisso corajoso em colocar no centro das atividades de comunicação a responsabilidade pessoal e coletiva para com o próximo.
- Nesse ano jubilar quando estamos próximos de celebrar um período de graça em tempos tão conturbados, o Papa convida todos os comunicadores a renovar o espírito da esperança. E renovar o trabalho e missão de cada um, segundo o espírito do Evangelho.
- É preciso desarmar a comunicação geradora de medo, desespero e até ódio. É preciso reduzir as guerras verbais nas redes sociais, das competições, da contraposição e vontade de dominar e manipular a opinião pública.
- A comunicação deve ser desprendida da lógica dos mercados, dos sistemas digitais que alteram a percepção da realidade.
- A comunicação deve ser esperançosa e ter esperança não é fácil. A esperança é um risco que é preciso correr, é o risco dos riscos. No entanto, para os cristãos, a esperança não é uma escolha, mas uma condição imprescindível. Quem tem esperança, vive diversamente, foi lhe dada uma vida nova.
- Vamos esperar juntos. A esperança é sempre um projeto comunitário. Estamos no ano da graça; todos convidados a deixar que Deus nos reerga, nos abrace e nos inunde de misericórdia, tanto na dimensão pessoal quanto na dimensão comunitária. É em conjunto que nos pomos a caminho com tantos irmãos e irmãs, e juntos, atravessamos a Porta Santa.
- O Jubileu tem muitas implicações sociais. Quanta mensagem de misericórdia precisa ser levada para quem vive nas prisões, ou o apelo à proximidade e à ternura para os que sofrem e estão à margem. Somos todos construtores da paz e o Jubileu nos recorda que os construtores da paz serão chamados de Filhos e Filhas de Deus (Mt 5,9)
- Somos abertos à esperança. A esperança aponta-nos a necessidade de uma comunicação atenta, amável, refletida, capaz de indicar os caminhos do diálogo.
- Encorajo-vos a contar histórias de bem escondidas por detrás das notícias, imitando aqueles exploradores de ouro que, incansavelmente peneiram areia em busca de uma pequena pepita, por mais pequena que ela seja.
- Não esqueçais o coração. Diante de tantas conquistas da técnica, é preciso cuidar de si mesmos, da vossa vida interior.
- Tudo isso podeis fazer com a graça de Deus, que o Jubileu nos ajuda a receber em abundância. Por isto, rezo por cada um de vós e pelo vosso trabalho de comunicadores e vos abençoo.
Nota: Esse texto foi compilado ainda sob a emoção da morte do Papa. Rezemos pela Páscoa definitiva desse homem que dedicou toda a sua vida a Serviço dos pobres e sobretudo que encontremos nele inspiração para seguir o seu legado. O texto original está em:https://www.vatican.va/content/francesco/pt/messages/communications/documents/20250124-messaggio-comunicazioni-sociali.html
Imagem Capa: Pascom: cumprindo a missão de evangelizar através dos meios de comunicação